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sexta-feira, 8 de março de 2013

Vamos conhecer um pouco mais o ANO DA FÉ!

 

1. O que é o Ano da Fé? 
O Ano da Fé "é um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo" (Porta Fidei, 6).   

2. Quando se inicia e quando termina?
Iniciou-se em 11 de outubro de 2012 e terminará a 24 de novembro de 2013. 

3. Por que nessas datas?
Em 11 de outubro coincidem dois aniversários: o aniversário de 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II e o 20º aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica. O encerramento, em 24 de novembro, será a solenidade de Cristo Rei. 

Tal ano foi instaurado pelo então Papa Bento XVI, através do Motu Próprio Porta Fidei. Abaixo alguns excertos deste escrito: 

1. A PORTA DA FÉ (cf. Act 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar aquela porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este caminho tem início com o Baptismo (cf. Rm 6, 4), pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito Santo, quis fazer participantes da sua própria glória quantos crêem n’Ele (cf. Jo 17, 22). Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor (cf. 1 Jo 4, 8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da sua morte e ressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos enquanto aguarda o regresso glorioso do Senhor. ...o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. No mistério da sua morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o Amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados (cf. Act 5, 31). Para o apóstolo Paulo, este amor introduz o homem numa vida nova: «Pelo Baptismo fomos sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova» (Rm 6, 4). Em virtude da fé, esta vida nova plasma toda a existência humana segundo a novidade radical da ressurreição. Na medida da sua livre disponibilidade, os pensamentos e os afectos, a mentalidade e o comportamento do homem vão sendo pouco a pouco purificados e transformados, ao longo de um itinerário jamais completamente terminado nesta vida. A «fé, que actua pelo amor» (Gl 5, 6), torna-se um novo critério de entendimento e de acção, que muda toda a vida do homem (cf. Rm 12, 2; Cl 3, 9-10; Ef 4, 20-29; 2 Cor 5, 17). 

 Em síntese podería-se dizer que: 
1 – BATISMO: PORTA DE ENTRADA DA FÉ - O Batismo é a porta de entrada da fé para uma vida em comunhão com Deus em Igreja, quando o coração está aberto para receber a graça que transforma. É um caminho que dura a vida inteira até a morte para a vida eterna. Com o Batismo, se professa a fé na Trindade - crer na Trindade é crer no Deus de Amor (Pai, Filho e Espírito Santo). 

2 – REDESCOBERTA DO CAMINHO DA FÉ – Em meio a profunda crise de fé que a sociedade está passando e a preocupação dos cristãos com coisas alheias (mundanas), quando deveriam preocupar-se com a própria fé, que é o pressuposto de sua vida diária, o Papa propõe que se redescubra o caminho da fé para fazer brilhar a alegria do encontro com Cristo. 

3 – JESUS: PALAVRA ENCARNADA - Não se pode deixar que a fé morra, mas readquirir o hábito de alimentar-se com a Palavra de Deus e a Eucaristia, na Igreja, pois só Jesus Cristo satisfaz plenamente o coração do homem, só Ele é o caminho para a salvação. 

4 – PROCLAMAÇÃO DO ANO DA FÉ - Em decorrência da necessidade da redescoberta da fé, o Papa decidiu proclamar o Ano da Fé, com início em 11.10.2012 (50 anos da abertura do Concílio Vaticano II e 20 anos do Catecismo da Igreja Católica) e término em 24.11.2013 (Solenidade do Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo), com o objetivo de ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé. A abertura do Ano da Fé vai coincidir com o Sínodo dos Bispos, cujo tema é “Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã”. Já houve outra celebração do Ano da Fé, em 1967, pelo Papa Paulo VI, para comemorar o martírio dos apóstolos Pedro e Paulo. 

5 – SUBSÍDIO PARA OS CRISTÃOS - A exemplo do Ano da Fé proclamado pelo Papa Paulo VI, este Ano, também, se faz necessário como subsídio para orientar os cristãos, bem como toda a Igreja, para o século que se inicia. 

6 – A FÉ COMO RESPOSTA - O Ano da Fé é um convite para uma renovada conversão a Jesus Cristo, com o testemunho dos crentes e da Igreja, guiada e fortalecida pelo próprio Cristo, pois a fé é a resposta ao amor de Deus. 

7 – A FÉ TORNA A PESSOA FECUNDA - Cristo chama o homem e este é atraído para Cristo, que o impele a evangelizar. Também, à Igreja, Cristo confia-lhe a missão de evangelizar que deve ser renovada continuamente a fim de que a mensagem seja transmitida com alegria, com convicção, com entusiasmo; a fé torna a pessoa fecunda. 

8 – PROFISSÃO DO CREDO - O Papa convoca toda a Igreja para celebrar o Ano da Fé de forma digna e fecunda, para intensificar a reflexão sobre a fé, professar publicamente a profissão do Credo e revigorar a adesão ao Evangelho. 

9 – LITURGIA E EUCARISTIA - Essa convocação é, também, para todos os crentes professarem a fé de maneira plena, convicta, confiante, sobretudo pelo testemunho de vida, inclusive professando o Credo em todos os momentos: ao se deitar, ao se alimentar, nas praças etc. Dessa maneira, a celebração da fé ajudará a redescobrir a importância da liturgia e, principalmente, a centralidade da Eucaristia. 

10 – CONTEÚDOS DA FÉ - Há um percurso para se entender os conteúdos da fé: Primeiro, quando se professa com a boca, pressupõe-se que se creia, pois o coração é que dá esse indício do dom da fé em Deus e indica um testemunho e um compromisso. Portanto, o coração indica o ato pessoal e livre que acolhe o conteúdo da fé; a boca indica os conteúdos professados. O coração indica a dimensão pessoal, a boca a dimensão comunitária. A fé é uma decisão pessoal e um ato da liberdade que exige assumir com responsabilidade social aquilo em que se acredita. Segundo, o primeiro sujeito da fé é a Igreja. A profissão pessoal da fé se fundamenta na fé recebida, por meio do Batismo. 

11 – IMPORTÂNCIA DO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA - Trata da importância do Catecismo da Igreja Católica, um dos frutos mais valiosos do Concílio Vaticano II e norma segura para o ensino da fé, a serviço da comunidade eclesial. O centro do Catecismo é a Pessoa de Jesus Cristo. Nele sobressai a doutrina confiada à Igreja, bem como a profissão de fé, a liturgia, os sacramentos e a vida moral. 

12 – FÉ E CIÊNCIA - O Catecismo é instrumento de apoio da fé para formação dos cristãos, inclusive para mostrar que não há qualquer conflito entre fé e ciência. A Congregação da Doutrina da Fé deverá emitir Nota com algumas indicações para viver o Ano da Fé. 

13 – REVISÃO DE VIDA E TESTEMUNHOS DE FÉ - Para viver o Ano da Fé é necessário fazer uma revisão da própria história de vida, marcada pelo pecado, mas em busca da santidade. Cita as seguintes pessoas como exemplos de testemunhos fé: Maria e José, Apóstolos, discípulos, Mártires, homens e mulheres consagrados e leigos. 

14 – TESTEMUNHO DE CARIDADE - O Ano da Fé será uma oportunidade para intensificar o testemunho da caridade, já que fé e caridade andam juntas, uma sustenta a outra. É a fé que permite reconhecer Jesus nos irmãos, estes são o próprio rosto de Cristo. 

15 – NÃO SER FRACO NA FÉ - O Papa ressalta a importância de não se negligenciar e não se tornar indolente na fé, esta é companheira da vida, é sinal vivo da presença de Cristo Ressuscitado no mundo. Deve-se ser sinal de fé pelo testemunho (testemunho credível). O Papa deseja que este Ano torne mais firme a relação com Cristo Senhor, que se tenha certeza que Ele venceu o mal e a morte, que está no meio de todos e permanece na Igreja a quem foi confiado o depósito da fé. Finaliza o documento, dedicando o Ano da Fé à Nossa Senhora, que é “feliz porque acreditou”. 

Fonte: Janete Gomes Seabra e Maria Auxiliadora Martins Melo Brasília, 21 de julho de 2012. 

Enfim, o Ano da Fé quer contribuir para uma conversão renovada ao Senhor Jesus e à redescoberta da fé, para que todos os membros da Igreja sejam testemunhas no mundo de hoje, capazes de indicar a "porta da fé" a tantas pessoas que estão em busca. Cada fiel deve viver, portanto, o Ano da Fé como uma oportunidade de renovação da graça para poder proclamar com alegria que, em Jesus Cristo, toda e qualquer pessoa humana encontra a sua dignidade, a sua verdadeira liberdade. Por isso, o Papa Bento XVI nos alerta: “Que o Ano da Fé seja uma ocasião para intensificar o testemunho da caridade”, porque a fé sem caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento sujeito a dúvidas. 

Assim nossa paróquia deseja que todos seus paroquianos possam vivenciar e celebrar este Ano da Fé, aproveitando para crescer no caminho da fé rumo a santidade que é nossa meta. A todos nosso abraço e que a chama da Fé esteja acesa em cada coração.

Texto editado por: Seminarista Marcos Eduardo Caliari

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