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TEXTOS PARA REFLEXÃO

Índice de Textos:
TEXTO 01:  MEMÓRIAS DE UMA VIDA PARA A VIDA (Seminarista Leandro Luís Mota Ribeiro)
TEXTO 02: MARIA NO MISTÉRIO PASCAL DE CRISTO (Seminaristas Lucas Silva Crispim e Marcos Eduardo Caliari)


TEXTO 01:
MEMÓRIAS DE UMA VIDA PARA A VIDA
Autoria: Leandro Luís.
(Pouso Alegre, 11 de abril de 2013)

"Repito: tendo experimentado a redenção em nossa vida pessoal e comunitária, podemos sair a pregar aos outros o que contemplamos" (Lourenço Kearns CSsR, "Ensaios sobre a Redenção", p. 270).
Deste modo meu amigo, minha amiga, a nossa vivência pode exprimir os frutos que colhemos ao longo do caminho da Fé enquanto buscamos responder o nosso SIM ao projeto do Pai. Trata-se de um redescobrir, de um reinterpretar, assim como de um reorganizar e reviver o que somos em essência: filhos de Deus no Filho Jesus que, ao morrer por nós, deu-nos vida plena!
Acostumados às quedas, urge-nos o levantar e prosseguir o caminho. Acovardados pelo sentimento de incapacidade, deixamos de nos encorajar e envoltos pelos falsos amores, cedemos às práticas de não cuidarmos de nada e de ninguém. E nessa desregra nos incluímos.
Eis o caminho à nossa frente! Trilhá-lo nem sempre é como se desejou, pois há muitas pedras, perdas, decepções, desencontros... contudo há também flores, ganhos, admiração, encontros. É DEUS QUEM NOS GUIA E NOS ACALENTA NAS TORMENTAS! A vida é isto: uma memória e não mera exaltação de egoísticas escolhas que trazem, por si só, consequências penosas. D'Ele brota a confiança, a certeza, a amizade sem rodeios, a coerência em meio às imperfeições de nossa humanidade. Afinal de contas, somos um misto de oposições, uma mescla de ser e não ser, uma obra antiga e inacabada, que será concluída na beatífica visão celeste.
As "memórias" nos permitem adentrar os mais profundos momentos da nossa história. A maior das "anamneses" é celebrar, rezar a vida e viver o que se celebra. Eis o que, sem dúvida, aperfeiçoa o humanamente concebido como "inaperfeiçoável": EU e o OUTRO.
Todos estamos num mundo avesso e ao mesmo tempo correto, porém, repleto de possibilidades. No entanto, a maior delas é optar por tentar nutrir o caos do cotidiano com aquilo que nos fora ensinado uma vez: o AMOR. Este mandamento original, em palavras e ações, nos possibilita realizar o encontro com as felizes "MEMÓRIAS DE UMA VIDA PARA A VIDA", a vida de Cristo que perpassa o tempo, o espaço e permanece presente em nós.
TEXTO 02:
MARIA NO MISTÉRIO PASCAL DE CRISTO

Seminarista Lucas Silva Crispim
Seminarista Marcos Eduardo Caliari

Conforme o saudoso Beato João Paulo II: “A Mãe do Redentor tem um lugar bem preciso no plano da Salvação, porque, ao chegar à plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido duma mulher, nascido sob a Lei e para que recebêssemos a adoção” (Redemptoris Mater 1). Sendo assim a Virgem Imaculada tem um papel ímpar na vida e no mistério de Cristo. Foi mulher presente e atuante na vida de seu Filho. No Mistério Pascal de Jesus é possível ver a Mulher que acompanha, que sente junto, que sofre com seu amado Filho, por isso, não é de modo errôneo que Maria pode ser chamada como a “mulher da manjedoura até a Cruz”. Como entender o sofrimento de Maria ao ver sua criança, o fruto de seu ventre, caminhando rumo a Cruz? Um dos lugares onde é possível observar Maria dentro do Mistério Pascal de Cristo, sem sombra de dúvidas, é no encontro com seu Filho no Calvário.
            Um encontro de dor, talvez pela situação, mas um encontro de muito amor, entre Mãe, a Virgem das Dores e Jesus, o Filho de Deus. Maria teve seus encontros em sua vida: com o anjo Gabriel (Lc 1,26ss), com Simeão no Templo (Lc 2,35), com Jesus perdido entre os doutores da Lei (Lc 2,41ss), e tantos outros. Jesus que também se encontrou com tanta gente: doentes, enfermos, excluídos, poderosos, chefes e doutores. Agora ambos fazem um encontro no Caminho do Calvário. A piedade popular ao se defrontar com esta cena se comove diante da Mãe das Dores e da tragédia de Jesus, tanto que este encontro está entre as conhecidas sete dores de Maria. Cumpriu-se assim a profecia de Simeão: “Uma espada transpassará a tua alma” (Lc 2,35).
            Maria, a escrava do Senhor, seguiu sempre o seu Filho por meio da renúncia e do sacrifício até a Cruz. Ela nos pede essas mesmas disposições internas quando nos diz: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). Desde o começo da via dolorosa, Jesus esperou pelo encontro com sua mãe, um momento doce no meio de tantos sofrimentos físicos e morais. Quantas recordações de infância: Belém, o longínquo Egito, a aldeia de Nazaré. Agora também a quer junto de si, no Calvário.
            A Virgem das Dores se faz presente na vida de Jesus, a Mulher “Cheia de Graça” está em meio a “desgraça” da condenação de seu Filho. Somente após a Ressurreição, será possível para Maria e os discípulos compreenderem que esta “aparente desgraça” manifestou a atuação da graça de Deus no Mundo, por meio do Amor derramado na Cruz por Cristo – só um amor que vai até as últimas conseqüências é digno de Fé! Nos dizeres do Beato João Paulo II: “Mediante sua fé, Maria está perfeitamente unida a Cristo no seu despojamento” (Redemptoris Mater 18). O que mais deve nos encantar em Maria é “como ela se abandonou nas mãos de Deus sem reservas, prestando o pleno obséquio da inteligência e da vontade Aquele cujas vias são imperscrutáveis!” (Redemptoris Mater 18). “O nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria; e aquilo que a Virgem Eva atou, com a sua incredulidade, a Virgem Maria desatou-o com a sua fé! (Lumen Gentium 56).
Aos pés da cruz contemplamos a Bondosa Virgem que cheia do Espírito Santo, aceitou gerar Jesus e que naquele momento de dor, por amor, contempla o Filho crucificado e compreende no seu íntimo que Ele se entrega livremente para cumprir sua missão. E Jesus na agonia, entrega sua Mãe a João como seu filho.
Mesmo diante do grande mistério, das lágrimas e da espada de dor que transpassa seu coração Maria, a Senhora das Dores, ao entregar seu Filho à humanidade, também se entrega a nós como Mãe para nos mostrar que mesmo frente às dificuldades é possível ouvir a voz de Deus e ser sinal visível de sua presença no mundo.
Maria é aquela que nos aceita como filhos, que nos ampara e que nos coloca sempre aos pés de seu filho Jesus. Dentre tantas virtudes que marcaram sua vida, no semblante de Maria que contempla seu amado, percebemos por meio de suas lágrimas a humilde serva que cumpre com nobreza a Palavra do Senhor.
A Senhora do Amparo, sofre no silêncio e sabe no seu íntimo que é preciso cumprir a vontade do Pai. Ela se curva diante da missão de seu Filho, se deixa sempre conduzir pelo Espírito Santo, por isso é bendita entre todas as mulheres, cheia de graça, a grande intercessora, Mãe da Igreja e da humanidade.
Quando olhamos para a vida de Maria percebemos que ela nos precedeu em todos os caminhos, no gesto único de se colocar a disposição de Deus: “Eu sou a serva do Senhor. Aconteça-me segundo a tua palavra” (Lc 1, 38).
Maria foi à primeira evangelizadora, sempre disposta a anunciar com a sua vida Jesus. Ela como ninguém assume a vontade de Deus em sua história e coloca-se a disposição D’ele para que o Reino aconteça; essa é uma dimensão fundamental na vida do cristão que deve ter como centro de sua vida o próprio Cristo, levando-o em seu coração e em sua vida do mesmo modo que Maria o fez: Ela aceita que a centralidade de sua vida seja o projeto de Deus.
O testemunho do cristão tem um grande espelho: o testemunho e a vida de Maria que alimenta ainda mais a vivência da Fé. O testemunho pessoal de Maria é o exemplo primordial para toda a humanidade. O dom de sua vocação deve ser motivação para a missão de todos nós.
Maria assim como João Batista, André e Pedro, é uma grande testemunha de Cristo, como os Apóstolos ela nos leva a Jesus, um testemunho que passa pela disposição em servir. Partindo da luz que é Cristo, temos Maria, a fiel discípula, que é modelo de vida para todos os discípulos.
Maria é a imagem da conformação ao projeto trinitário realizado em Jesus Cristo; ela é a discípula mais perfeita, mais radical e é a grande continuadora da missão de seu Filho e formadora de missionários. Nela encontramos o exemplo vivo de incentivo para a vivência da fé segundo o coração de seu filho Jesus Cristo.
Salve Rainha, Mãe de Deus, és Senhora e nossa Mãe; nossa doçura, nossa luz, doce Virgem Maria. Ajudai-nos a respondermos com fidelidade a nossa Missão de Cristãos e a nos pequenos gestos de cada dia sermos sinais da presença de vosso filho no mundo! Salve Maria!




 

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