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sábado, 23 de março de 2013

SEMANA SANTA: SÍMBOLOS E ESPIRITUALIDADE




A Igreja propõe aos cristãos os sagrados mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus, tornado Homem, para no martírio da Cruz e na vitória sobre a morte, oferecer a todos os homens a graça da salvação. Para muitos a Semana Santa se iguala a um "retiro". Param e querem pensar. Neste período muitos fortalecem a fé, o amor e a esperança. Pensa-se em Deus.
No período da Semana Santa, refletindo sobre a Paixão de Cristo, fazemos nascer, cada dia, em nossos corações a luz e uma nova esperança que na grande vigília pascal brilhará para todo o mundo.

DOMINGO DE RAMOS: O Domingo de Ramos dá início à Semana Santa e lembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, aclamado pelos judeus. A Igreja recorda os louvores da multidão cobrindo os caminhos para a passagem de Jesus, com ramos e matos proclamando: “Hosana ao Filho de Davi. Bendito o que vem em nome do Senhor” (Lc 19, 38; Mt 21, 9). Com esse gesto, portando ramos durante a procissão, os cristãos de hoje manifestam sua fé em Jesus como Rei e Senhor. A entrada de Jesus em Jerusalém é a conclusão do ritual de uma peregrinação e como preâmbulo do sacrifício da cruz (Lc 19,45).
ESPIRITUALIDADE: É o ato público do nosso seguimento de Cristo na fé e na caridade agradecida. Depois de 2000 mil anos ouvimos o grito de Hosana, salve, viva! Nós somos estes Ramos, que devem estar ligados ao tronco, quem não está em Deus, acaba por secar e morrer. Jesus é o Rei de Nossas Vidas, mas um Rei diferente que tem por trono, a cruz e por coroa, uma de espinhos. Que ramos temos sido???

DE SEGUNDA A QUARTA-FEIRA: A liturgia desses dias apresenta Cristo, servo sofredor, que se oferece livremente à sua paixão para entrar na glória do Pai. São dias em que a liturgia segue, passo a passo, os últimos acontecimentos da vida terrena de Jesus, levando-nos a descobrir a unidade do mistério do sofrimento e glorificação do Senhor.
ESPIRITUALIDADE: Nestes dias devemos preparar nossos corações para o Tríduo Pascal. São dias de reflexão sobre a figura de Jesus como Servo.

QUINTA-FEIRA SANTA: Neste dia combina-se três elementos: a comemoração da última ceia, a reconciliação dos penitentes e os vários ritos preparatórios para os batismos do Sábado Santo, especialmente a consagração dos óleos. Celebramos a Instituição do Sacramento da Eucaristia. Jesus, desejoso de deixar aos homens um sinal da sua presença antes de morrer, instituiu a eucaristia. Na Quinta-feira Santa, destacamos dois grandes acontecimentos:
1) Bênção dos Santos Óleos
Não se sabe com precisão, como e quando teve início a bênção conjunta dos três óleos litúrgicos. Fora de Roma, esta bênção acontecia em outros dias, como no Domingo de Ramos ou no Sábado de Aleluia. O motivo de se fixar tal celebração na Quinta-feira Santa deve-se ao fato de ser este último dia em que se celebra a missa antes da Vigília Pascal. São abençoados os seguintes óleos:
Óleo do Crisma - Uma mistura de óleo e bálsamo, significando a plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar “o bom perfume de Cristo”. É usado no sacramento da Confirmação (Crisma), quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé.
Óleo dos Catecúmenos - Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. Sua cor é verde.
Óleo dos Enfermos - É usado no sacramento dos enfermos. Este óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus. Sua cor é roxa.

2) Instituição da Eucaristia e Cerimônia do Lava-pés
Com a Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde de quinta-feira, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e comemora a Última Ceia, na qual Jesus Cristo, na noite em que vai ser entregue, ofereceu a Deus Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou para os Apóstolos para que os tomassem, mandando-lhes também oferecer aos seus sucessores. Nesta missa faz-se, portanto, a memória da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Durante a missa ocorre a cerimônia do Lava-Pés que lembra o gesto de Jesus na Última Ceia, quando lavou os pés dos seus apóstolos. No final da Missa, faz-se a chamada Procissão do Translado do Santíssimo Sacramento do altar-mor da igreja para uma capela, onde se tem o costume de fazer a adoração do Santíssimo durante toda a noite.
ESPIRITUALIDADE: O mistério central deste dia é a instituição da Eucaristia e a ceia do Senhor. É a entrega de Jesus na eucaristia, no corpo dado e no sangue derramado por nós. Preparação é a palavra chave, porque tudo é feito em vista da Páscoa. Assim se deu quando o Senhor enviou Pedro e João para fazer os preparativos: "Ide preparar-nos a Páscoa para comermos" (Lc 22,8). A síntese da celebração de hoje é a exaltação do amor/serviço de Jesus Cristo. Como tenho servido minha comunidade? Como valorizo a Eucaristia? Como vivo o mandamento do Amor aos irmãos?

SEXTA-FEIRA SANTA: Celebra-se a paixão e morte de Jesus Cristo. O silêncio, o jejum e a oração devem marcar este dia que, ao contrário do que muitos pensam, não deve ser vivido em clima de luto, mas de profundo respeito diante da morte do Senhor que, morrendo, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida eterna. Às 15 horas, horário em que Jesus foi morto, é celebrada a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. Ela consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da cruz e comunhão eucarística. Depois deste momento não há mais comunhão eucarística até que seja realizada a celebração da Páscoa, no Sábado Santo.
ESPIRITUALIDADE: Diante da Morte de Cristo, só podemos contemplar e admirar a atitude de Jesus que se doa a nós. Olho para Cruz com gratidão? Como vivo a Cruz em minha vida?

SÁBADO SANTO (Vigília Pascal): Inicia-se na noite do Sábado Santo em memória da noite santa da ressurreição gloriosa de Nosso Senhor Jesus Cristo. É a chamada “a mãe de todas as santas vigílias”, porque a Igreja mantém-se de vigília à espera da vitória do Senhor sobre a morte. Cinco elementos compõem a liturgia da Vigília Pascal: a bênção do fogo novo e do círio pascal; a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a liturgia da Palavra, que é uma série de leituras sobre a história da Salvação; a renovação das promessas do Batismo e, por fim, a liturgia eucarística.
ESPIRITUALIDADE: Alegria da vitória de Jesus. Não há ressurreição sem cruz, sem Paixão e Morte. Todavia a Vida vence. Em nossa vida Jesus é a luz que ilumina nossas trevas. Vivo na certeza do amor de Jesus por mim, que me faz passar pelos meus sofrimentos confiando em Deus.
DOMINGO DE PÁSCOA: A palavra “páscoa” vem do hebreu “Peseach” e significa “passagem”. Era vivamente comemorada pelos judeus do Antigo Testamento. A Páscoa que eles comemoram é a passagem do mar Vermelho, que ocorreu muitos anos antes de Cristo, quando Moisés conduziu o povo hebreu para fora do Egito, onde era escravo. Condenado à morte na cruz e sepultado, ressuscitou três dias após, num domingo, logo depois da Páscoa judaica. O temor dos discípulos em razão da morte de Jesus, na Sexta-Feira, transforma-se em esperança e júbilo. É a partir deste momento que eles adquirem força para continuar anunciando a mensagem do Senhor.
ESPIRITUALIDADE: A ressurreição de Jesus Cristo é o ponto central e mais importante da fé cristã. Através da sua ressurreição, Jesus prova que a morte não é o fim e que Ele é verdadeiramente o Filho de Deus.Neste dia, a Igreja em Festa rende graças a Deus por sua presença entre nós, e nos convida a sermos sinais no Mundo, os discípulos vivenciaram a presença de Jesus, nós vivenciamos Jesus pela nossa fé, vivendo o amor ao próximo e a alegria do encontro com o Ressuscitado que se apresenta a nós na figura do irmão.


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