CLIQUE E LEIA MAIS...

sábado, 24 de julho de 2010

16º DOMINGO DO TEMPO COMUM


Irmão(â) Internauta
A Palavra do Senhor hoje nos convida a praticar a hospitalidade, reconhecendo na pessoa do outro o Deus que vem nos visitar. O exemplo de Abraão (Gn 18,1-10a), que deixou seus afazeres para se colocar a serviço dos seus três hóspedes nos ensina que a gratuidade deve ser o cartão postal na vida do cristão. Acolher é evangelizar!
Num mundo cada vez mais agitado e corrido, precisamos restaurar a cultura das visitas. Muita gente não sente bem em visitar ou em ser visitado, porque acha que está dando trabalho ao outro. Isso não é verdade! As visitas renovam a gente, mostram aquilo que é importante para nós: a amizade, o carinho, o companheirismo que vemos retratado nos olhos daquele que nos dá a alegria da sua visita.
No Evangelho (Lc 10,38-42), Marta corre para acolher Jesus que vem visitar sua família. Ao entrar em casa, Maria põe se aos pés de Jesus para ouvir sua Palavra, e Marta continua a correria enfronhando-se nos serviços da casa. As duas personalidades mostram a necessidade de equilibrar as dimensões da nossa vida: ação e contemplação, pastoral e espiritualidade, compromisso e oração.
Para acolher a Palavra de Deus é preciso afinar nossos ouvidos e silenciar nossas preocupações que nos distraem e tiram de nós o sabor de ouvir a Palavra do Senhor.
Hoje cometemos um grande erro de quer escutar o que a gente quer ouvir. Nem sempre escutamos o que a gente precisa escutar, escutamos o que queremos. Se não nos agrada, mudamos de estação (de rádio, de programação, etc...). Facilmente podemos fazer isso no terreno das relações humanas. Educar os nossos ouvidos é a primeira atitude para aquele que deseja trilhar no discipulado de Jesus.
Outra atitude nos advém da seguinte parábola: Existiam dois lenhadores: um novato e o outro mais velho. O iniciante resolveu apostar com o outro quem era o melhor lenhador, quem rachava mais lenha. Os dois combinaram juntos de acordar cedo e começar na mesma hora, de manhãzinha, a cortar a lenha. Aquele que tivesse o maior monte de lenha ao final da semana seria o melhor lenhador. A disposição deles era impressionante, porém o lenhador mais velho tinha o hábito de dar uma “paradinha” de vez em quando. E o outro não parava um minuto, quase não arrumava tempo para descansar, para almoçar direito. O mais velho, várias vezes ao dia, dava um pequeno intervalo, parava de cortar lenha. Ora fumava um cigarrinho de palha, ora tomava um cafezinho e assim foi a semana inteira. O outro lenhador percebendo a atitude do colega pensou: dessa forma vai ser fácil, pois eu não preciso parar e vou vencer. Ao final da semana, quando o sol se pôs, o lenhador que não parou de cortar lenha foi até o outro e perguntou admirado: - Como você cortou mais lenha tendo parado várias vezes? O lenhador experiente respondeu: Quando eu parava o trabalho eu descansava um pouco e enquanto eu descansava eu afiava o meu machado. Diante disso o inexperiente lenhador percebeu o quanto foi difícil seu trabalho, pois não descansava e nem afiava seu machado. Isso resultou numa perda maior de suas energias, um cansaço bem maior e a perda do rendimento do seu serviço.
Assim hoje na Igreja sentimos o mesmo peso, quando não damos trégua para os nossos serviços e nos entregamos à correria frenética do mundo que corre mais depressa que os ponteiros do relógio.
Quantas vezes a gente escuta outros dizendo para nós: "Vamos pra Igreja rezar!", "Vamos participar do Círculo Bíblico na casa do fulano", "Vamos rezar a novena na casa de Cicrano", "Vamos pra Missa", ... "pra Celebração da Palavra na Comunidade" ... e a gente sempre ouve a resposta dos outros: "Agora não. Não posso. To cheio de trabalho, tenho muito serviço. Não vai dar. Quando eu tiver tempo eu vou". Mal imaginamos que quando dissemos estas coisas nós estamos recusando a parar os trabalhos para afinar o nosso machado, para depois voltar com mais empolgação e com mais energia ainda.
Pense bem no que a Palavra do Senhor pede pra você em sua vida...
Responda pra você mesmo:

1) Como frear o nosso ativismo hoje? As cidades não param de trabalhar, as pessoas não param para descansar, para aproveitar o tempo de lazer, o tempo com a família, o tempo para Deus e para a comunidade. Que atitude precisamos tomar?
2) Tenho dado atenção especial às visitas? Visito as pessoas e tenho tido alegria em receber os outros?

Deixe a Palavra de Deus visitar todos os espaços da sua vida e do seu coração...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

CLIPE CATÓLICO DO MÊS