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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

18º DOMINGO DO TEMPO COMUM


"Esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus" (CL3,1)

Amado(a) irmão(ã)

A Palavra de Deus propõe para nós uma reflexão, um verdadeiro discernimento quanto à nossa relação com os bens materiais. Longe de criar uma cultura pessimista em relação aos bens, o Senhor espera que nós possamos descobrir na modéstia e na sobriedade um modo de ser. Enquanto muitos se preocupam com o ter e com o aparentar (o que aparenta ser mas na verdade não é), nós cristãos devemos nos primar pelo SER.
Por isso a 1ª leitura (Ecle 1,2; 2,21-23) vai dizer: "Vaidade das vaidades, tudo é vaidade". A maior vaidade do ser humano é querer colocar todas as suas esperanças e aspirações nos bens materiais. Eles não são sinônimo nem garantia de felicidade.
O Evangelho (Lc 12,13-21) evidencia o quanto que a cobiça e a ganância podem corromper o coração humano. O próprio Jesus vai dizer que "a vida de um homem não consiste na abundância de bens". Jesus conta a parábola do rico insensato que construiu grandes celeiros para armazenar a colheita abundante, pensando assim ter segurança para viver tranqüilamente. Essa é uma grande ilusão pois depois que morrer vai se apresentar de mãos vazias diante de Deus. Como diz o ditado: "Nosso caixão não tem gavetas". E mesmo se tiver, nada levamos conosco.
Para refletir no alcance que esta Palavra tem em nossa vida aqui deixamos uma parábola intitulada "O Rei e as quatro esposas":

AS QUATRO ESPOSAS

Era uma vez um rei que tinha 4 esposas. Ele amava demais a 4ª esposa e vivia dando-lhe lindos presentes, jóias e roupas caras. Ele dava-lhe de tudo e sempre do melhor. Ele também amava muito sua 3ª esposa e gostava de exibi-la aos reinados vizinhos. Contudo, ele tinha medo que um dia, ela o deixasse por outro rei. Ele também amava sua 2ª esposa. Ela era sua confidente e estava sempre pronta para ele, com amabilidade e paciência. Sempre que o rei tinha que enfrentar um problema, ele confiava nela, para atravessar esses tempos de dificuldade. A 1ª esposa era uma parceira muito leal e fazia tudo que estava ao seu alcance para manter o rei muito rico e poderoso, ele e o reino. Mas ele não valorizava muito a 1ª esposa, e apesar dela o amar profundamente, ele mal tomava conhecimento dela.
Um dia, o rei caiu doente e percebendo que seu fim estava próximo, pensou em toda a luxúria da sua vida e ponderou: "É, agora eu tenho 4 esposas comigo, mas quando eu morrer, eu ficarei sozinho... Então resolveu chamar as suas esposas começando por aquela que ele mais tinha todos os seus caprichos. E ele perguntou à 4ª esposa: - "Eu te amei tanto, querida, te cobri das mais finas roupas e jóias. Mostrei o quanto eu te amava, cuidando bem de ti, satisfazendo todos os teu desejos. Agora que eu estou morrendo... tu és capaz de morrer comigo, para não me deixar sozinho? "De jeito nenhum!" respondeu imediatamente a 4ª esposa, saindo do quarto sem sequer olhar para trás. Aquela resposta cortou o coração do rei como se fosse uma faca afiada.
Decepcionado com a 4ª esposa, o rei então perguntou à 3ª esposa: "Eu também te amei tanto a vida inteira, deu-te tantas alegrias e o prazer de conhecer tantos reinos viajando comigo, agora que eu estou morrendo, diga-me com sinceridade: “és capaz de morreres comigo, para não me deixares sozinho? "Não!!", respondeu a 3ª esposa. "Tenho muitos outros lugares para conhecer, sou muito nova e além disso, a vida é boa demais! Quando morreres, eu vou é me casar de novo"... O coração do rei sangrou e gelou, de tanta dor...
Então, mandando chamar a 2ª esposa, disse-lhe: "Eu sempre recorri a ti quando precisei de ajuda. A nenhuma outra pessoa confidenciei tantos segredos e tu sempre esteves ao meu lado. Por isso diga-me, com o coração sincero: “Quando eu morrer, tu serás capaz de morrer comigo, para me fazeres companhia”? Com vontade de mentir, mas olhando nos olhos do rei, disse-lhe: “Sinto muito, mas, desta vez, eu não posso fazer, o que me
pedes!". O máximo que eu posso fazer... é realizar um majestoso funeral, como nunca houve antes". Essa resposta veio como um trovão na cabeça do rei e ele ficou arrasado. Aos prantos, o rei começou a soluçar de tanto chorar.
Em meio aos berros e soluços, uma voz se fez ouvir "Eu partirei contigo e te seguirei por onde fores...”. O rei levantou os olhos e lá estava a sua 1ª esposa, tão magrinha, tão mal nutrida,...tão sofrida. Com o coração partido o rei falou: "Eu deveria ter cuidado muito melhor de ti, ter te amado mais que tudo e mais que todos, enquanto eu ainda podia...".

Na verdade... nós todos temos 4 esposas em nossa vida...
Nossa 4ª esposa são nossos bens, nossas posses, nossas propriedades, nossa riqueza... Quando morremos, tudo isso vai para os outros...
Nossa 3ª esposa é o nosso mundo. Apesar de todos os esforços que fazemos para ter um mundo mais bonito, mais cheio de amor e de paz, nós o deixaremos quando morrermos...
Nossa 2ª esposa são nossa família e nossos amigos. Apesar de nos amarem muito e estarem sempre nos apoiando, o máximo que eles podem fazer é nos enterrar...
E nossa 1ª esposa é a nossa VIDA... muitas vezes deixada de lado... por corrermos atrás da Riqueza, do Poder e dos prazeres do nosso ego... A vida vivida só traz sofrimento e desolação. A Vida que tivemos é a única coisa que sempre irá conosco, não importa onde formos. Como diz o velho ditado, “Da vida só levamos a vida que levamos”...

PARA REZAR:


Nesta primeira semana refletimos sobre a vocação para os ministérios ordenados na Igreja: Diácono, Padre e Bispo. Iniciando o mês vocacional, queremos descobrir a
beleza e a importância deste serviço ministerial na Igreja de Jesus hoje.

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