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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

19º DOMINGO DO TEMPO COMUM


"Onde está o vosso tesouro, aí estará o vosso coração" (Lc 12,34)>

Amigo(a) internauta

Jesus continua insistindo na liberdade de filhos e filhas de Deus para viver e testemunhar a fé. O apego exagerado aos bens, a ganância e o egoísmo dificultam nossa relação com Deus e com os irmãos. É preciso buscar uma riqueza maior, que nem a traça e a ferrugem podem correr. A fé é esse tesouro valioso e a maior herança que um pai pode deixar para o seu filho.
Celebrando o dia dos Pais, recordamos o exemplo de Abraão, o grande Pai da Fé, que com disponibilidade se põe a serviço da Vontade de Deus: "Sai da tua terra e vai para um terra nova, onde eu indicar". Abraão vê no chamado de Deus uma promessa de vida nova e de bênçãos da parte do Senhor: "Eu te darei uma descendência tão numerosa quanto as estrelas dos céu e as areias do mar".
A Carta aos Hebreus sinaliza para o significado da fé: "a fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se veem". E em seguida, exemplifica, exaltando a grandeza de espírito de Abraão, que não recuou, mas confiou em Deus. Um episódio belíssimo para meditar sobre as consequências da fé é o sacrifício de Isaac. Também nesta situação, a fé de Abraão foi provada e comprovada.
o Evangelho segue na mesma direção, quando Jesus conta a parábola do Patrão que confia aos seus administradores o cuidado dos seus bens e sai para uma festa de casamento. Ao voltar, ele deseja encontrar seus servidores na alegre vigilância e ele mesmo se colocará ao serviço deles. Esta parábola aponta para a iniciativa de Jesus em fazer uma aliança de vida, de fé e amor para conosco. Nós somos a Igreja, vocacionada a se desposar com Ele, o Esposo que dá a vida pela amada.
O Serviço será expressão de vigilância na fé, aguardando o dia da Vinda de nosso Senhor.
Não há outro modo de vigiar senão for na fidelidade ao serviço. Não há prova de fé senão houver a antecipação do coração em se lançar confiantemente nos braços de Deus, sem ter todas as certezas e todas as respostas para o que procuramos ou nos propomos a fazer.
A alegria de servir é o que fortalece a nossa fé. Como ficamos admirados quando no trânsito nos deparamos com pessoas que desrespeitam o direitos dos outros, quantos motoristas, pedestres, ciclistas e motociclistas que agem com falta de educação e indelicadeza para com os outros. Isso assistimos todos os dias. No ônibus, na filas dos supermercados, em diversos ambientes que frequentamos. Automaticamente, vem em nossa cabeça: "Puxa, que falta de educação! Essa pessoa não teve educação de seus pais?". E todos somos unânimes em dizer: "Educação vem do berço!".
Ora, o mesmo ocorre com a fé! A fé também vem do berço. Então porque tem tanta gente que ainda não acordou a sua fé para um compromisso maior com Deus e com a sua Igreja?
Aqui sentimos a grande responsabilidade que os pais tem em tornar visivel e crível a fé que testemunham aos seus filhos.

Para isso, vale lembrar que as nossas atitudes e gestos revelam a nossa fé. No dia dos Pais, nada melhor do que recordar aquela canção "Couro de Boi". Um grande ensinamento para a necessidade da prática do acolhimento e do testemunho da fé.

Por isso, aqui vai uma das histórias que ainda continuam ocorrendo em nossos dias:

Um velho com seus rostos cansados, marcados por rugas profundas pelos anos de muito trabalho e sofrimento. Deu duros todos esses anos para formar seu filho advogado e sentia orgulho por ver seu esforço recompensado, ele estava formado e muito bem de vida.
Não podendo mais trabalhar e com sua esposa já falecida, foi morar com seu filho casado, e com dois netos. Sua vida ali não era fácil, era rejeitado, humilhado, criticado pela sua nora, que não queria ter trabalho ainda mais com um velho que era seu sogro e que ela não sentia o mínimo de afeto.
As brigas entre o casal eram constantes, e o alvo era sempre o velho, que a tudo ouvia, e cada vez mais tentava se isolar quando sua nora aparecia.
Ela tanto fez que o marido para não ter mais brigas tomou uma atitude.
Chamou seu velho pai e disse:
__ Pai tome esse cobertor para o senhor se abrigar e gostaria que fosse embora desta casa, não agüento mais as brigas com minha mulher.
O velho de cabeça baixa e os olhos cheios de lágrimas foi saindo, andando com passos lentos pelo peso da idade.
Ele só pensava onde iria arrumar um asilo para morar, até quando ele fosse se encontrar com sua esposa.O neto menor que tudo ouvia, com os olhos marejados de lágrimas abraça o avô e pediu:
__ Vovô, eu te amo, o senhor pode me dar à metade do seu cobertor?
O velho não entendeu o pedido, mas partiu o cobertor ao meio dando uma parte ao neto.
O menino voltou para dentro de casa e foi direto para onde se encontravam os pais.
Vendo o filho com um pedaço do cobertor perguntaram:
__Filho esse cobertor é de seu avô.
O menino com um olhar triste e cheio de mágua, com o rosto banhado de lágrimas fitando-os falou:
__ Eu pedi metade do cobertor, porque vocês irão ficar velhos e eu vou guardá-lo para lhes dar como fizeram com meu avô.

A partir dessa parábola da vida familiar, o que o Senhor pede de mim?

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