Este blog quer ser um lugar de reflexão e aprofundamento de nossa Fé!
segunda-feira, 28 de junho de 2010
13º DOMINGO DO TEMPO COMUM
"Fazei-vos servos uns dos outros pela caridade" (Gl 5,13)
Nesta semana, a Palavra de Deus aponta para nós as exigências para acolher o chamado de Jesus para o serviço.
A primeira leitura (1 Re 19,16b.19-21) nos relata o chamado que Deus faz a Eliseu. Este deixa a junta de bois e a família para ser anunciador da Palavra de Deus. Este episódio retrata a história de cada um de nós e dos apelos que Deus nos faz. Diante disso, perguntamos: Estou atento aos apelos de Deus? Tenho disponibilidade, generosidade e entusiasmo para me empenhar nas tarefas a que Ele me chama?
A resposta de Eliseu é carregada de significado: imolou uma junta de bois, queimou o arado, assou a carne dos bois e deu-a a comer à sua família; depois, seguiu Elias e ficou ao seu serviço. Quantas e quantas vezes não fazemos festa com o chamado que Deus faz a cada um de nós? Será que nos damos conta do chamado de Deus?
O gesto de Eliseu significa, provavelmente, o abandono da vida antiga, a renúncia à antiga profissão, a ruptura com a própria família e a entrega total à missão profética. Exprime a radicalidade da sua entrega ao serviço de Deus.
No Evangelho (Lc 9, 51-62), Jesus torna evidente que o “caminho do discípulo” é um caminho de exigência, de radicalidade, de entrega total e irrevogável ao “Reino”. Esse “caminho” deve ser percorrido no amor e na entrega, mas sem fanatismos nem fundamentalismos, no respeito absoluto pelas opções dos outros.
Diante dos que se oferecem para seguir, Jesus aponta 3 exigências:
1) Sair da toca, do ninho, do casulo ou até da "casca de ovo" para poder segui-lo. Isso significa renunciar a qualquer tipo de acomodação, privilégios, seguranças para colocar a confiança n'Ele. Sem essa liberdade, é impossível servi-lo, pois sempre estará escravizado a algo.
2) Libertação em relação aos costumes, leis ou tradições para se comprometer radicalmente ao discipulado de Jesus. O Reino pede um serviço pra hoje, que não pode ser relegado para amanhã.O segundo diálogo sugere que o discípulo deve despegar-se desses deveres e obrigações que, apesar da sua relativa importância (o dever de sepultar os pais é um dever fundamental no judaísmo), impedem uma resposta imediata e radical ao Reino.
3) O terceiro diálogo sugere que o discípulo deve despegar-se de tudo (até da própria família, se for necessário), para fazer do Reino a sua prioridade fundamental: nada – nem a própria família – deve adiar e demorar o compromisso com o Reino. A liberdade em relação à família é condição para abraçar uma opção de um amor indiviso.
Com estas exigências, fica claro que o caminho de Jesus pede mais que boas intenções. É preciso direcionar a liberdade no rumo do projeto de vida de Jesus: a concretização do Reino na doação da própria vida.
Para refletir na semana:
1) O que é que, na nossa vida quotidiana, ainda nos impede de concretizar um compromisso total com o “Reino” e com esse caminho do dom da vida e do amor total?
domingo, 20 de junho de 2010
12º DOMINGO DO TEMPO COMUM
“Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga-me”
Amigo(a) internauta,
O Evangelho deste domingo (Lc 9,18-24) lança uma provocação a todos nós que trilhamos na estrada de Jesus: "Para você, quem sou Eu?". Tal como outrora, o Senhor quer saber de nós o que Ele representa e o que Ele significa na vida de todos nós. A resposta é fundamental para que possamos mirar n'Ele o nosso olhar e nossas expectativas.
Como dizia Santo Agostinho: "Ninguém ama aquilo que não conhece". Amamos quando conhecemos e quanto mais conhecemos, mais nós amamos. Na discipulado de Jesus é imprescindível que o nosso amor seja caminho de conhecimento, discernimento e amadurecimento.
Jesus dá a conhecer sua proposta e pede aos seus que renunciem a si mesmos para acolher a vontade de Deus. Isto quer dizer que não basta conhecer Jesus, é preciso tomar parte na sua missão.
Para refletir na semana:
1) Quem é Jesus para você? Qual a importância que você dá a Ele no dia a dia da sua vida?
2) Com que disposição você se coloca para servir a comunidade? Você sabe renunciar suas vontades para abraçar a vontade de Deus?
3) Que significa para você abraçar a cruz de cada dia e seguir a Jesus?
domingo, 13 de junho de 2010
11º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Olá querido(a) internauta
Neste domingo, a Igreja nos propõe uma reflexão sobre nossos relacionamentos interpessoais e com relação à prática do perdão, como expressão de amor a Deus e aos irmãos.
O Evangelho lucano (Lc 7,36-8,3) revela o rosto misericordioso de Deus e nos convida a abandonar os preconceitos, rótulos e toda forma de discriminação que nos distancia das pessoas. Na vida eclesial, podemos correr o sério risco de querer julgar ou marginalizar as pessoas que não vivem conforme à fé cristã. Jesus aponta aquela pecadora pública como exemplo de alguém que reconhece nele a fonte da misericórdia, um caminho aberto para a conversão de vida e de mentalidade. A prática da hospitalidade que aquele fariseu não pratica com Jesus se revela no gesto daquela mulher que, aos prantos, banha os pés de Jesus e enxuga-os com os cabelos. Jesus mostra o quanto uma prática de pureza legal pode afastar as pessoas e a insensibilidade pode afastar as pessoas.
Nossa atitude cristã deve se basear na prática do perdão: ter humildade para pedir perdão e saber perdoar os outros dos seus erros. Quantas pessoas passam pela vida acumulando mágoas, ressentimentos e sofrimentos. Um coração pode amar se vive constantemente inflamado pelo ódio ou pelo ressentimento. Nosso coração foi feito para amar, não foi feito para outra coisa a não ser amar.
O arrependimento do rei Davi, de que nos fala a I Leitura (2Sm 12,7-10.13), ao tomar consciência do pecado cometido nos revela a necessidade de fazer um exame de consciência para repensar nossos atos. A misericórdia divina, se permitirmos, pode penetrar o mais profundo do nosso ser e nos transformar em criaturas novas.
SOMENTE UM CORAÇÃO RECONCILIADO É PLENAMENTE LIVRE PARA VIVER E PARA AMAR!!!
domingo, 6 de junho de 2010
10º DOMINGO DO TEMPO COMUM
6 de junho de 2010
"e Deus visitou o seu povo" (Lc 7,16).
Com estas palavras, meu amigo(a) internauta, a multidão reconhece a presença libertadora e a ação solidária de Jesus que interrompe aquele cortejo de morte dando um novo direcionamento.
O Evangelho de São Lucas hoje nos apresenta dois cortejos: um de vida e outro de morte. O de vida: Jesus entrando na cidade de Naim com seus discípulos. O de morte: A viúva acompanhada pela multidão enterra todas as suas esperanças, seu único filho.
Dentre as classes mais desfavorecidas e marginalizadas no tempo de Jesus e na história do Povo de Deus, estão as viúvas e os órfãos, os quais não tinham ningúem para servir-lhes de amparo. No caso do Evangelho, uma situação mais dramática: o filho único de uma viúva morre e junto com ele todas as suas esperanças. Ela não tem mais ninguém. Diante dessa dolorosa realidade, Jesus se aproxima, toma a iniciativa de consolar a pobre viúva, toca o caixão e pelo poder da sua Palavra dá uma ordem àquele que estava morto: Levanta-te! Tudo isso, movido pelo sentimento de compaixão.
As palavras de Jesus nos põem de pé, elas tem o poder de nos aliviar em nossos sofrimentos.
Uma situação semelhante é a da Primeira Leitura (1Rs 17, 17-24): O profeta Elias visita a casa de uma viúva em Sarepta que chora as suas tristezas e abre o coração para ele. Seu filho muito doente veio a falecer e ela tem nos lábios uma revolta semelhante àquela que comumente vemos naqueles que diante dos sofrimentos lamentam a Deus dizendo: "Deus se esqueceu de mim", "Por que eu?", "É castigo de Deus? O que eu fiz para merecer isso?", etc...
Uma coisa é certa: Ninguém de nós passará ileso nesta vida, achando que nunca vai experimentar o sofrimento ou passar por uma dificuldade ou contrariedade. Também não podemos atribuir toda causa do nosso sofrimento achando que vem de Deus. Tem tanta coisa acontecendo hoje no mundo que não dependeu tanto de Deus, mas de nós mesmos e do próprio ser humano: a fome, por exemplo, a dura realidade da violência, guerras, maldades e tantas outras situações.
Agora tem gente que deixa pra acreditar em Deus na hora do sofrimento, e depois quer a cura a todo custo. Se Deus não curar, então eu vou me afastar dele, mudar de religião, etc. Vamos deixar Deus ser Deus? Por que temos a tentação de querer que Deus esteja na palma de nossa mão, se submetendo a todas as nossas vontades?
Diz a leitura, "e o profeta suplicou ao Senhor" (v.21). A oração é a fonte da nossa esperança e exercício de uma intimidade mais profunda com Deus. Devemos ter o cuidado para não transformar nossa oração com Deus numa "pedição sem tamanha". A oração deve envolver todo o nosso ser, a súplica, o perdão, o agradecimento, a intercessão e o louvor são expressão de uma vida orante.
Não fiquemos chateados quando não obtemos êxitos em nossas orações a Deus. Será que o que pedimos é o melhor para nós mesmos? Será que Deus não está querendo nos mostrar algo mais amplo que nossa visão teima em querer enxergar?
Aprendamos com as diversas realidades do sofrimento humano. Procuremos abrir os olhos para tantos cortejos que prosseguem à nossa frente, de mães e pais aflitos, com seus filhos entregues aos vícios, à bebida, às drogas, e que rumam para o túmulo, sem perspectivas de vida e sem esperanças.
Nossos gestos prolonguem a ação misericordiosa e compassiva de Jesus: "Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão". Da etmologia da palavra, com paixão (pathòs = sofrimento), significa sofrer com, sentir na própria pele o que o outro está sentindo, estremecer profundamente pela dor do outro. É esta compaixão que moverá os discípulos-missionários de Jesus de hoje a se tornarem rosto de uma Igreja Samaritana e Misericordiosa que ama e se coloca no caminho de libertação aos que estão sem vida e sem esperança!
E todos haverão de sentir a presença do Deus que continuamente visita o seu povo.
Para refletir:
Esta cena do Evangelho se repete todos os dias:
Há grandes cortejos cheios de mortos, de mortos que andam e se movem, mas não têm vida: É o grande cortejo dos desempregados, dos drogados, dos analfabetos, dos sem-teto, dos terroristas, dos enfermos, dos inválidos... Cortejo que passa todos os dias ao nosso lado e não nos damos conta.
- Ao encontro dele pode e deve ir outro cortejo, formado de pessoas cheias de vida que acompanham Cristo... comprometidas em responder à morte com a vida.
a) Em que cortejo estamos?
b) Que resposta damos aos que caminham no cortejo da morte?
quarta-feira, 2 de junho de 2010
CORPUS CHRISTI: COMO SURGIU ESSA DEVOÇÃO
O nome vem do latim e significa Corpo de Cristo. A festa de Corpus Christi tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia - o sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo.
Acontece numa quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue.
"O que come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida.
O que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. O que come deste pão viverá eternamente" (Jo 6, 55 - 59).
Através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós.
A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Em 1264, o papa Urbano IV através da Bula Papal "Trasnsiturus de hoc mundo", estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a Santo Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração.
Compôs o hino Lauda Sion Salvatorem (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes. A procissão com a hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que lea se tornou um grande cortejo de ação de graças.
No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.
A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ale é alimentado com o próprio corpo de Cristo.
Durante a missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.
Fonte: http://www.bethynha.com.br/corpus.htm
ORAÇÃO À TRINDADE SANTA
Bendito sejas, Pai, que em vosso infinito amor nos tem dado a vosso Unigênito Filho, feito carne por obra do Espírito Santo no seio puríssimo da Virgem Maria, e nascido em Belém faz agora dois mil anos.
Ele se tinha feito nosso companheiro de viagem e tinha dado novo significado a história, que é um caminho feito juntos, no trabalho e no sofrimento, na fidelidade e no amor, até aqueles céus novos e até aquela terra nova, na que Tu, vencida a morte, serás tudo em todos.
Adoração e glória a Vos, Trindade e Santíssima, único e sumo Deus!
Faça Pai, que por tua graça o momento presente seja um tempo de conversão profunda e de alegre retorno a Vos;
Concedei-nos que seja um tempo de reconciliação entre os homens e de redescobrir a concórdia entre as nações; tempo no que as lanças se troquem em rosas, e ao fragor das armas sucedam cantos de paz.
Concedei-nos, Pai, viver a cada dia dóceis a voz do espírito, fiéis no seguimento de Cristo, assíduos na escuta da Palavra e na assiduidade as fontes da graça.
Adoração e glória a Vos, Trindade e Santíssima, único e sumo Deus!
Sustenta, Pai, com a força do espírito, o empenho da Igreja em favor da nova evangelização e guia nossos passos pelos caminhos do mundo para anunciar a Cristo com a vida, orientando nossa peregrinação terrena a Cidade da luz.
Fazei Pai, que brilhem os discípulos de vosso Filho por seu amor fazia os pobres e oprimidos; que sejam solidários com os necessitados, e generosos nas obras de misericórdia, e indulgentes com os irmãos para obter eles mesmos de Vos indulgência e perdão.
Adoração e glória a Vos, Trindade e Santíssima, único e sumo Deus!
Fazei Pai, que os discípulos de vosso Filho, purificada a memória e reconhecidas as próprias culpas, sejam uma única coisa, de sorte que o mundo creia.
Outorga que se dilate o diálogo entre os seguidores das grandes religiões, de sorte que todos os homens descubram a alegria de ser teus filhos.
Fazei que a voz suplicante de Maria, mãe das gentes, se unam às vozes orantes dos apóstolos e dos mártires cristãos, dos justos de todo povo e de todo tempo, para que o ano Santo seja para todos e para a Igreja, motivo de renovada esperança e de júbilo no espírito.
Adoração e glória a Vos, Trindade e Santíssima, único e sumo Deus!
A Vós, Pai onipotente, origem do cosmos e do homem, por Cristo, o Vivente, Senhor do tempo e da historia, no espírito que santifica o universo, a Adoração, a honra, a glória, hoje e nos séculos sem fim. Amém!
(João Paulo II)
FESTA DA SANTÍSSIMA TRINDADE
(Domingo, 29 de maio de 2010)
Oração à Santíssima Trindade:
Ó benigna Trindade,
Pai, Filho e Espírito Santo, um só Deus,
ensina-me, dirige-me, ajuda-me
segundo a minha esperança.
Pai, com o teu poder, fixa a minha mente em Ti
e enche-a de santos e divinos pensamentos.
Filho, com a tua sabedoria eterna,
ilumina a minha inteligência
com o conhecimento da suprema verdade.
Espírito Santo, amor do Pai e do Filho,
leva para ti a a minha vontade
e abrasa-a no fogo ardente da tua caridade.
Possa eu, ó adorável Trindade,
louvar-Te e amar-Te tão perfeitamente
como os santos e os anjos!
Louis de Blois (1505 – 1566)
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