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domingo, 23 de maio de 2010

FESTA DE PENTECOSTES




Caríssimo internauta

"Como meu Pai me enviou eu também vos envio... Recebei o Espírito Santo"

Nesta festa de Pentecostes, fazemos memória do quinquagésimo dia em que o Senhor se revela ao Povo da 1ª Aliança, depois que este saiu do Egito para a Terra Prometida. No quinquagésimo dia o Senhor oferta a Lei, os Mandamentos para que o Povo permaneça fiel aos seus desígnios. Para nós, Povo da Nova Aliança, o Senhor oferta o Espírito Santo, qual Mestre, irá recordar e ensinar tudo o que o Senhor Jesus nos disse.
Aqui está o alçance da nossa vida de fé. Segundo Santo Agostinho, não basta ouvir por fora é preciso entender por dentro. E é o Espírito que ilumina os corações para testemunhar com alegria a Palavra de Jesus e o seu amor aos irmãos.
O Espírito é a "alma da Igreja", Ele nos fortalecerá na missão que temos hoje.
Abramos as mentes e os corações para acolher os seus dons. Deixemos que Ele recrie e renove a face da terra.

Oração ao Espírito Santo:

Espírito Santo,
tu és a alma de minha alma!
Adoro-te humildemente.
Ilumina-me,
fortalece-me,
guia-me,
consola-me.
Revela-me quanto corresponde
aos planos de eterno Pai.
Revela-me teus desejos.
Faze-me conhecer o que o
amor eterno deseja de mim.
Faze-me conhecer o que devo fazer.
Faze-me conhecer o que devo sofrer.
Faze-me conhecer o que devo,
em silêncio, modéstia e reflexão,
aceitar, suportar e aturar.
Sim, Espírito Santo, faze-me
conhecer tua vontade e a vontade do Pai,
pois quero que toda a minha vida não seja senão
um contínuo e perpétuo
Sim aos desejos, à vontade do Pai eterno
Amém.

domingo, 16 de maio de 2010

DOMINGO DA ASCENSÃO DO SENHOR


Amigo(a) internauta

"Vós sereis testemunhas de tudo isso" (Lc 24,48)

Com estas palavras Jesus deseja que os seus apóstolos sejam testemunhas da sua paixão, morte e ressurreição. Esta mensagem deverá ecoar no coração dos seus seguidores a fim de tantos outros possam dar uma resposta de fé se colocando no discipulado de Jesus.
Jesus congrega os seus discípulos para que possam ir para Jerusalém, ponto de chegada da sua missão e ponto de partida da missão apostólica e lugar da manifestação do Espírito, qual defensor irá encorajar a comunidade para a missão de anunciar por palavras e obras o conteúdo da mensagem cristã.
A festa da Ascensão do Senhor nos faz refletir no grande significado que a Ressurreição tem para nós Cristãos. A Ressurreição é a resposta de Deus para a humanidade, de que não caminhamos para a morte, mas para a vida, a vida plena que Cristo nos prometeu. A Ressurreição de Jesus é a garantia de que a vida divina vai trazer dignidade nova à nossa pobre humanidade. Já a Ascensão do Senhor é a nossa resposta a Deus de que queremos que a nossa humanidade seja exaltada e elevada aos céus na pessoa de Jesus o primeiro a apontar o caminho da glória pela sua vitória na cruz. Na Ascensão do Senhor é a nossa humanidade que adquire um novo sentido, pois caminhamos neste mundo como Igreja Peregrina para fazer parte da Igreja Triunfante, da qual já participam os santos e toda a milícia celeste.
O papa São Leão Magno dizia: "A ascensão do Cristo é a nossa ascensão; já que o Corpo é convidado a elevar-se até a glória em que o precedeu a cabeça, vamos cantar nossa alegria, expandir em ação de graças todo o nosso júbilo. Hoje, não apenas conquistamos o paraíso, mas, no Cristo, penetramos nos mais altos céus".
Como somos abençoados por Deus, o quanto nossa humanidade é querida por Deus e é caminho de salvação. E ainda há aqueles que costumam dizer para os outros diante de alguma tragédia ou infelicidade: "Nós não valemos nada nessa vida". Claro que valemos sim! Deus não nos fez de qualquer jeito e nem somos pouca coisa para achar que nada vale a pena nesta vida. São Paulo aconselhava os seus contemporâneos em uma de suas cartas quando dizia: "os sofrimentos do momento presente não são comparáveis com a glória futura que será revelada em nós" (Rm 8,18).
Hoje reconhecemos que a Igreja precisa ampliar sua presença nos diversos meios e com as novas tecnologias para ser fiel à missão de Jesus e para que possa cumprir o mandato de seu Senhor. Por isso, celebramos hoje o Dia Mundial das Comunicações com o tema: "O sacerdote e a pastoral no mundo digital: meios a serviço da Palavra". Queremos evangelizar por sobre os telhados e através das novas linguagens do mundo digital. A internet hoje pode ser uma preciosa ferramenta para a missão evangelizadora da Igreja. Que possamos aproveitar estes espaços do mundo virtual para sinalizar a mensagem cristã, sendo Cristo Verdade e Vida para todos.

Gesto Concreto para a Semana:

Hoje iniciamos a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos com o Lema: "Vós sois as testemunhas de tudo isso" (Lc 24,48). Lembremos de rezar uma prece pela unidade de todos os fiéis que professam a fé em Cristo, para que encontrem n'Ele a razão de ser e viver como irmãos e irmãos, membros de uma única família, de um só rebanho tendo o próprio Cristo como Sumo e eterno Pastor.

Rezemos:
Ó Cristo ressuscitado,
no caminho de Emaús foste companheiro dos discípulos.
Fica ao nosso lado na jornada da fé,nos caminhos da vida e em todos os encontros,
promove em nós a compaixão para que possamos acolher outros
e ouvir suas histórias.
Renova o desejo de proclamar tua Palavra.
Que ela nos ilumine e que tenhamos corações ardentes ao dar testemunho dela.
Que o teu Santo Espírito nos ensine a arte de explicar as Escrituras
e abra nossos olhos para te reconhecer.
Dá-nos a coragem de nos tornar vulneráveis
para que nossos irmãos e irmãs possam conhecer-te através de nós
e nós possamos conhecer-te através deles.
Amém.

domingo, 9 de maio de 2010

Homenagem ao Dia das Mães


Um anjo chamado Mãe...

Uma criança pronta para nascer, perguntou a Deus:

- Senhor, dizem que descerei para a Terra amanhã, mas como vou viver lá, sendo assim, tão pequena e indefesa?

E Deus falou:

- Entre muitos anjos, eu escolhi um muito especial para você. Esse Anjo está lhe esperando e tomará conta de você.

A criança, curiosa, continuou:

- Mas, me diga uma coisa, Senhor, aqui no céu eu não faço nada, a não ser cantar e sorrir, o que é suficiente para que eu seja feliz...como será lá na Terra?

E Deus, pacientemente falou:

- Seu Anjo irá cantar e sorrir para você. A cada dia, a cada instante, você sentirá o amor do seu Anjo e será feliz.

A criança queria saber mais e perguntou:

- E como vou entender, quando falarem comigo, se eu não conheço a língua que as pessoas da Terra falam?

E Deus respondeu:

- Com muita paciência e carinho, seu Anjo vai lhe ensinar a falar.

A criança quis saber mais:

- E o que vou fazer quando eu quiser falar contigo, Senhor?

Deus disse:

- Seu Anjo vai juntar suas mãos e lhe ensinar a orar.

A criança, preocupada, perguntou também:

- Eu ouvi dizer que na Terra existem homens maus. Quem irá me proteger dos perigos?

Deus, então, respondeu:

- Seu Anjo irá defender você, mesmo arriscando sua própria vida.

A criança queria saber muito mais e falou:

- Então serei sempre triste porque não o verei mais, Senhor!

Deus disse:

- Seu Anjo sempre irá lhe falar de Mim. Vai lhe ensinar a maneira de vir a Mim. E Eu, sempre estarei dentro de você!

Nesse momento, havia muita paz no Céu, mas, as vozes da

Terra já começavam a ser ouvidas.

A criança, apressada, pediu carinhosamente a Deus:

- Oh, Deus! Se eu este é o momento de ir para a Terra, por favor, me diga...qual o nome do meu Anjo?

E Deus respondeu:

- Você chamará o seu Anjo de: MÃE !



LIÇÃO DE VIDA:

Deus deu às mães o poder máximo de um ser humano: dar a vida.

ELE sabe que as mães são verdadeiros Anjos.

Elas se fazem presentes em cada pedacinho de nossas vidas;

- orientando, ensinando, protegendo, amando...

6º DOMINGO DA PÁSCOA



AMADO(A) INTERNAUTA

"Quem me ama, guardará a minha Palavra"

Estas palavras do discurso de despedida de Jesus na última ceia com os seus apóstolos nos convidam a dar testemunho da sua Palavra e dos seus ensinamentos. Eis o grande testamento espiritual, a herança viva que Jesus deixa para a comunidade dos seus seguidores: amar sem limites, incondicionalmente na mesma direção que ele rumou a sua vida.
Na vida familiar já experimentamos a realidade da saudade e do quanto nossos entes já falecidos significam para nós. Tanto que no baú de nossas lembranças sempre temos algo que nos recorda a vida daquele(a) que nos foi muito caro(a). Uma canequinha que o fulano tomava seu cafezinho, uma música, um pertence seu que depois de sua morte acaba tendo para nós um valor quase que sacramental. Isso nos faz recordar aquele belíssimo livro de Leonardo Boff, "Os sacramentos da vida e a vida dos sacramentos", com a história do toco de cigarro e outras histórias que revelam o quanto alguns sinais nos trazem fresquinhos na memória situações e experiências que vivenciamos com nossos entes queridos.
Há alguns que exageram quando não querem se desfazer dos pertences do falecido(a). E o quarto pára no tempo, porque não se quer mexer em nada com o medo de apagar esse alguém da nossa memória. Diante dessa realidade muitos não querem desfazer de coisas e pertences de seus falecidos, não doam, não passam para frente e prolongam um sofrimento que poderia ser amenizado.
Ora, a melhor forma de preservarmos a memória desses nossos entes queridos não é tanto ficar guardando seus pertences, mas sim perpetuar seus bons exemplos e seu testemunho de vida. Isso permanece e faz a diferença. Um exemplo: Se o(a) falecido(a) fazia caridade, faça também! Se ele(a) amava a família, os filhos e/ou netos e não tinha inimizade com ninguém, faça o mesmo! Se participava da comunidade e tinha em alegria em viver a fé na Igreja, faça o mesmo! Essa é a maior herança que se pode ter e que nem a traça pode corroer.
Sábio foi Jesus, quando deixou para os seus discípulos nada de material, mas um testamento que implicava e continua implicando num exercício diário de amar sem nada esperar em troca. Não deixou bens materiais e nem disse que a salvação se obteria mediante o acúmulo de bens. Jesus oferece o maior bem espíritual que se pode oferecer, a prática do amor e a certeza da presença do Espírito Santo. Este, qual Defensor, irá conceder a sabedoria e o discernimento para que todos possam viver e testemunhar a fé, respondendo ao seu amor que primeiro os amou.
Que paz do Ressuscitado reine em cada coração e que sejamos guiados pelo seu amor para guardar a sua Palavra e os seus ensinamentos, que são para nós Espírito e Vida!


Para refletir durante a semana:
1) O que ainda preciso fazer para que a Palavra de Deus esteja em minha boca e em meu coração?
2) Como respeitar a diversidade e a pluridade na Igreja? O amor que Jesus deixa na forma de testamento tem me ajudado a conviver com os irmãos e irmãs no dia a dia?
3) Faça uma prece ao Coração de Jesus para que o seu amor faça sempre morada em sua vida.

Hoje lembrando o dia das Mães agradecemos a Mãe Igreja que nos gerou na fé pelo Batismo e continua nos gerando no amor através do sacrifício eucarístico de Cristo na Cruz. O nosso amor seja resposta eloquente Àquele que nos amou por primeiro...

sábado, 8 de maio de 2010


Iniciamos o mês de Maio - mês de Maria

Em uma de suas lindas canções, padre Zezinho canta: “Como é bonita uma religião que se lembra da mãe de Jesus”. Para nós, cristãos católicos, maio é considerado o mês de Maria. É o mês da alegria no qual celebramos o dom salvífico de Deus que quis contar com a participação de uma mulher. Antes mesmo do Verbo de Deus se fazer carne, ele já fez morada no coração de uma mulher. Esta é a mulher do silêncio, da obediência, da dor e da alegria no Senhor. Como não lembrar aqui as palavras de dom Bosco quando nos diz: “Sê devoto de Maria Santíssima e serás certamente feliz”.
Estimados irmãos, é no caminho de Maria que aprenderemos tantas virtudes que nos ajudarão a trilhar melhor o caminho da vida. Maria, a escolhida por Deus, a Bem-aventurada, mulher sem mancha de qualquer pecado, a Imaculada, a Cheia de Graça, Mãe do Filho de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo. Mulher humilde que soube ouvir a voz de Deus e acolher sua Palavra: “Faça-se em mim”.

Paulo VI, que dera a Maria o título oficial de “Mãe da Igreja”, desenvolveu o tema na exortação apostólica sobre o culto à Virgem Maria, um dos documentos mais bonitos de seu pontificado. O papa apresenta Maria como modelo da Igreja para quem sabe ouvir e acolher a Palavra de Deus com fé. Esta é uma missão específica da Igreja: escutar, acolher, proclamar, venerar e distribuir a Palavra de Deus como pão de vida. Fala de Maria como modelo de pessoa orante e intercessora. Ora, a Igreja todos os dias apresenta ao Pai as necessidades de seus filhos, louva sem cessar o Senhor e intercede pela salvação do mundo. Fala de Maria Virgem e Mãe, modelo da fecundidade da virgem-Igreja, que se torna mãe, porque, pelo batismo, gera os filhos concebidos pela ação do Espírito Santo. Fala de Maria, que oferece ao Pai o Verbo encarnado, sobretudo aos pés da cruz, onde ela se associou como mãe ao sacrifício redentor do filho.

Deus viu que os homens gostaram muito de Jesus, por isso, resolveu deixá-lo entre nós de maneira mística, na eucaristia. De modo que o podemos encontrar na missa, quando comungamos, ou no silêncio do sacrário das igrejas. Mas Deus também achou um modo de nos deixar Maria. É por meio de cada um de nós, homens ou mulheres, quando a revivemos na sua simplicidade, na sua fidelidade e no seu amor a Deus e ao próximo.

Somente as pessoas simples são capazes de entender Maria e sua devoção, são capazes de rezar o terço diariamente e revivê-la sobre a face da Terra nos dias atuais.

(Fonte: D. Irineu Roque Scherer, Bispo diocesano de Joinville)

domingo, 2 de maio de 2010

5º DOMINGO DA PÁSCOA


Amigo(a) internauta

Durante todo o tempo pascal a Igreja nos faz contemplar o Ressuscitado e o fruto da sua obra: o dom do Espírito, a nossa santificação, os sacramentos que nascem do seu lado aberto, a Igreja, sua Esposa, desposada no leito da cruz…

Hoje, precisamente, é para a Igreja, comunidade nascida da morte e ressurreição de Cristo, que a Palavra de Deus orienta o nosso olhar.

Primeiramente, é necessário que se diga sem arrodeios: Cristo sonhou com a Igreja, a amou e fundou-a. A Igreja, portanto, é obra do Cristo, foi por ele fundada e a ele pertence! Ela não se pertence a si mesma, não se pode fundar a si própria, não pode estabelecer ela própria a sua verdade. Tudo nela deve referir-se a Cristo e a ele deve conduzir! Mas, há mais: não é muito preciso, não é muito correto dizer que Cristo “fundou” a Igreja. Não! A fundação da Igreja não terminou ainda: Cristo continua fundando, Cristo funda-a ainda hoje, ainda agora, nesta Eucaristia sagrada! Continuamente, o Cordeiro de pé como que imolado, Cabeça da Igreja que é o seu Corpo, funda, renova, sustenta, santifica, sua dileta Esposa pela Palavra e pelos sacramentos: “Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, a fim de purificá-la com o banho da água e santificá-la pela Palavra, para apresentá-la a si mesmo a Igreja, gloriosa, se mancha nem ruga, ou coisa semelhante, mas santa e irrepreensível!” (Ef 5,25-27). São afirmações impressionantes, belas, profundas:
(1) Cristo amou a sua Igreja e, por ela, morreu e ressuscitou;
(2) pela sua morte e ressurreição, de amor infinito, ele purifica continuamente a sua Igreja, santifica-a totalmente, sem desfalecer. Por isso a Igreja é santa, será sempre santa e não poderá jamais perder tal santidade, apesar das infidelidades de seus membros!
(3) Este processo de contínua fundação e santificação da Igreja em Cristo dá-se pelo “banho da água” – símbolo do Batismo e dos sacramentos em geral – e pela “Palavra” – símbolo da pregação do Evangelho.
Então, Cristo continua edificando sua Igreja neste mundo pela Palavra e pelos sacramentos, sobretudo o Batismo e a Eucaristia. A Igreja não se pertence: ela é de Cristo! E, como esposa de Cristo, é nossa Mãe: ela nos gerou para Cristo no Batismo, para Cristo ela nos alimenta na Eucaristia e de Cristo ela nos fala na sua pregação! Ela é a nossa Mãe católica, desposada pelo Cordeiro imolado na sua Páscoa, como diz o Apocalipse: “estão para realizar-se as núpcias do Cordeiro e sua Esposa já está pronta: concederam-lhe vestir-se com linho puro, resplandecente!” (19,7s).

Pois bem, esta Igreja, tão amada por Cristo, tão nossa Mãe, deve caminhar neste mundo nas dores de parto. Temos um exemplo disso na primeira leitura da Missa de hoje. Paulo e Barnabé vão animando as comunidades, “encorajando os discípulos … a permaneceram firmes na fé”, pois “é preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus”. Assim caminha o Povo de Deus, Comunidade fundada por Cristo e vivificada pelo seu Espírito: entre as tribulações do mundo e as consolações de Deus. Muitas vezes, a Igreja enfrentará dificuldades por parte de seus inimigos externos – aqueles que a perseguem direta ou veladamente, aqueles que desejam o seu fim e, vendo-a com antipatia, trabalham para difamá-la. Mas, também, muitas vezes, a provação vem de dentro da própria Igreja: das fraquezas de seus membros, dos escândalos provocados pela humana fraqueza daqueles que deveriam dar exemplo de uma vida nova em Cristo Jesus. Se é verdade que isto não fere a santidade da Igreja – porque essa santidade vem de Cristo e não de nós -, por outro lado, é verdade também que nossos escândalos e maus exemplos atrapalham e muito a credibilidade do nosso anúncio do Evangelho e a credibilidade do próprio Evangelho como força que renova a humanidade! Infelizmente, enquanto o mundo for mundo, enquanto a Igreja estiver a caminho, experimentará em si a debilidade de seus membros. Assim, foi no grupo dos Doze, assim, nas comunidades do Novo Testamento, assim é hoje. É interessante que o Evangelho de hoje começa com Judas, o nosso irmão, que traiu o Senhor, saindo do Cenáculo, saindo do grupo dos Doze, saindo da Comunidade: “Depois que Judas saiu do cenáculo”… – são as primeiras palavras do Evangelho… E, no entanto, apesar da fraqueza de Judas e dos Doze, apesar da nossa fraqueza, Jesus continua nos amando e crendo em nós: “Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros”. Não tenhamos medo, não desanimemos, não nos escandalizemos: o Senhor está conosco, ama-nos, porque somos o seu rebanho, as suas ovelhas, a sua Igreja. Ama-nos e derramou sobre nós o seu amor e sua força que é o Espírito Santo!

Se agora vivemos entre tribulações e desafios, nossa esperança é firmemente alicerçada em Cristo; nele, venceremos, nele, a Mãe católica, um dia, triunfará, totalmente glorificada e tendo em seu regaço materno toda a humanidade. Ouçamos – é comovente: “Vi um n ovo céu e uma nova terra… O primeiro céu e a primeira terra passaram e o mar já não existe” – o Senhor nos promete um mundo renovado, sem a marca do pecado, simbolizado pelo mar. “Vi a Cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, vestida qual esposa enfeitada para o seu marido”. – É a Igreja, totalmente renovada pela graça de Cristo, totalmente Esposa, numa eterna aliança de amor, realizada na Páscoa e consumada no fim dos tempos! “Esta é a morada de Deus entre os homens. Deus vai morar no meio deles. Eles serão seu povo, e o próprio Deus estará com eles”. – A Igreja é o “lugar”, o “espaço” onde o Reino acontece visivelmente: Deus, em Cristo, habita no nosso meio e será sempre “Deus-com-eles”, Deus-conosco, Emanuel! “Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem choro, nem dor, nem morte, porque passou o que havia antes. Aquele que está sentado no trono disse: ‘Eis que eu faço novas todas as coisas’”.

Caríssimos, olhem para mim, olhem-se uns para os outros! Somos a cara da Igreja, o cheiro da Igreja, a fisionomia da Igreja, a fraqueza e a força, a fidelidade e a infidelidade, a glória e a vergonha da Igreja! Tão pobre, tão frágil, tão deste mundo… mas também tão destinada à glória, tão divina, tão santa, tão católica, tão de Cristo! Coragem! Vivamos profundamente nossa vida de Igreja; é o único modo de ser cristão como Cristo sonhou! Soframos as dores e desafios da Igreja agora, para sermos partícipes da vitória que Cristo dará a Igreja na glória! Como diz o Apocalipse, “estas palavras são dignas de fé e verdadeiras”. Amém.

(Autoria: D. Henrique Soares da Costa)

O Evangelho de João de hoje (Jo 13,31-33a.34s)nos apresenta o contexto da última ceia de Jesus e o seu desejo de perpetuar a sua presença e o seu amor na comunidade dos seus seguidores. Ele faz isso na forma de memória e deixando um testamento espiritual: o mandamento novo. Qual a novidade do mandamento que o Senhor instituiu?
O amor ao próximo, o respeito ao semelhante já eram práticas milenares de culturas anteriores a Cristo.
A novidade está em Jesus fazer do Amor ao Próximo um critério de vida a partir do seu exemplo: "Amai-vos uns aos outros COMO EU VOS AMEI". Isto quer dizer que o nosso amor deve ser o prolongamento do amor de Jesus.
Não raras vezes temos a tentação de amar aqueles que nós gostamos, aqueles que não fazem mal ou falam mal de nós. Nós queremos escolher aqueles que amamos e aqueles que não amamos.
Nossa fé cristã não admite tal postura. Ou amamos a todos indistintamente, como Cristo ou então brincamos de amar. O amor que Cristo nos deixam na forma de herança não retém nada para si, nada guarda para si. É o amor que respeita a liberdade e a arbitrariedade do outro, inclusive daquele que o traiu. Um amor que se coloca a serviço dos outros.

Oxalá possamos dar testemunho desse amor. Só ele poderá fazer a diferença em nossa vida e na vida das pessoas. E Cristo continuará vivo em nós... Testemunhemos e anunciemos a vida nova e o seu amor incondicional!


Para refletir nesta semana:

Tenho amado as pessoas com a mesma intensidade com que Cristo me amou e continua me amando? Ou tenho colocado restrições para amar as pessoas?

CLIPE CATÓLICO DO MÊS